segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Lições de Pepe Mujica - Emiliano José

A Tarde/BA 13/01/2014

Emiliano José
Jornalista e escritor
emiljose@uol.com.br





Nessa onda neoudenista predominante no país, que recende ainda ao lacerdismo dos anos 50, é forte a ideia da desqualificação da política. Sabemos aonde chegamos com tal discurso, derrotado pelo suicídio de Getúlio em 1954, e revigorado com a emergência da ditadura que prendeu, torturou, fez desaparecer pessoas durante 21 anos. Agora, desde a chegada de Lula ao governo em 2003, reeleito, e com a eleição de Dilma em 2010, um projeto político que deu prioridade ao enfrentamento da desigualdade social como nunca se vira antes, parece que voltamos no tempo.

É necessário fazer cotidianamente o combate à corrupção. É obrigação de qualquer homem ou mulher envolvido na política. No entanto, tornar essa a questão central da vida brasileira é empobrecer o debate sobre os destinos do país. E, também, significa a ausência de projetos consistentes da oposição que, à falta da coragem de pregar o retorno aos anos anteriores de predomínio da política neoliberal, só fala nisso. É curioso, ainda, assistir a políticos que assumiram postos de comando no governo de Lula e de Dilma, e que só agora se desgarraram, criticar a amplitude da frente política de que fizeram parte, como se, inclusive neste momento, não articulassem frentes tão ou mais amplas do que as feitas pela presidente Dilma.

Deparei com uma notável entrevista de Pepe Mujica, dada ao jornalista Antoni Travera, postado no El Puercoespín, onde ele discute, entre outras coisas, o fazer política nesta quadra histórica. O hipócrita discurso neoudenista pretende realizar a crítica de costumes da política brasileira. Há um ditado popular, facilmente aplicável ao caso: macaco não olha para o próprio rabo. Por que o neoudenismo não incorpora a ideia de uma reforma política profunda, que acabe de vez com o câncer do financiamento privado, assegurando o fortalecimento dos partidos, acabando com a farra das legendas de aluguel? Os partidários do neoudenismo fogem da reforma política como o diabo da cruz.


No Uruguai, Mujica defronta-se com as mesmas críticas enfrentadas por Lula e por Dilma. Por que não ensinar a pescar ao invés de dar o peixe? O Bolsa Família era chamado pelos formuladores do discurso neoudenista de “bolsa esmola”, lembram-se? “Os setores proprietários dizem que não se deve dar o peixe ao povo, que se deve ensiná-lo a pescar. Mas, se lhe tiramos o barco, os anzóis, a vara de pescar, tiramos tudo, temos que começar por lhe dar o peixe”. E dá uma lição de política ao dizer que é obrigado a conviver com tudo aquilo que ele próprio detesta. “A vida é bela (demasiado hermosa, na expressão dele) e há que se procurar fazer as coisas enquanto a sociedade real funciona, embora seja capitalista”. Ou seja, há que se fazer política.

Não crê no conformismo crônico de que reformando o capitalismo a sociedade tenha muito futuro. Propõe caminhar no sentido de construir outra coisa, evitando-se, no entanto, a colisão “porque o choque é sacrifício humano”. Deixa claro: não é possível substituir as forças produtivas de um dia para o outro, “nem em 10 anos”. “Ao mesmo tempo que lutamos para transformar o futuro, há que se fazer andar o velho porque o povo tem de viver”. Não crê que o mais importante, no processo de mudanças, sejam as relações de propriedade. “O fundamental são as transformações culturais, e estas levammuitíssimo tempo”. Um claro acento gramsciano, assimilado nos seus 15 anos de cárcere, 78 anos de vida.

“Aqueles que como nós não podemos comungar filosoficamente com o capitalismo estamos arrodeados de capitalismo em todos os usos e costumes de nossas vidas, de nossas sociedades” – constata Mujica. Ensina aos pares de esquerda: “O pensamento de esquerda está se refugiando na América Latina. Só não cremos que podemos tocar o céu com as mãos, nem que construir uma sociedade mais justa e mais livre seja coisa de uma só geração. O desafio é bravo. Há quem ainda siga com aquilo que dizíamos nos anos 50 do século passado. Não assimilaram o que se passou no mundo e por que se passou”. Resta a amplitude da política, a paciência da política, transformar o mundo trincheira por trincheira.

O espírito de Bolonha - RENATO JANINE RIBEIRO

Valor Econômico - 13/01/2014


Precisamos da Universidade sem Fronteiras, que a Europa iniciou em 1999 com o processo de Bolonha






Todo empresário interessado em ter mão de obra de nível universitário deveria saber o que é o processo de Bolonha. Todo professor universitário, igualmente. Mas não é o caso: poucos brasileiros o conhecem.

A União Europeia nasceu, em 1957, como Mercado Comum Europeu, unindo seis países. Seu objetivo mínimo era ampliar o comércio entre os membros e, assim, a produção em cada um deles. Já seu objetivo maior era impedir guerras: se para fazer aço era preciso carvão alemão e ferro francês, então ou um país roubava do outro o insumo que lhe faltava, ou os dois se aliariam. Aliaram-se. Com o tempo, o Mercado Europeu foi muito além de sua cópia sul-americana, o Mercosul. Autorizou seus cidadãos a viver e a trabalhar em qualquer dos países-membros, padronizou produtos, criou um Parlamento comum, cresceu. E em 1999 seus ministros da Educação assinaram a declaração de Bolonha, que depois seria endossada por outros países, hoje totalizando 47 - incluindo dezenove que não estão na União Europeia.

Seu ponto talvez central é promover uma enorme mobilidade estudantil. Um universitário pode começar seu curso num país, fazer matérias em outra universidade (ou país) e usar os créditos assim obtidos com certa facilidade. É o que se chama portabilidade de créditos. Imaginem isso aqui. Se um brasileiro for trabalhar dois anos na Argentina e levar os filhos crianças ou adolescentes, terá muito trabalho para revalidar os cursos que fizeram na escola básica. O que é de um absurdo total! É óbvio que, se meu filho passar dois anos em Buenos Aires, ele até poderá voltar ao Brasil cometendo alguns erros de português - mas dominando a língua, os costumes, a cultura de nosso principal aliado e parceiro. Em poucos meses, alcançará os colegas brasileiros no que lhe ficou faltando, e poderá repassar a eles muito do que aprendeu. Mas não temos previsão, em nosso sistema escolar, para um "fast track" nessa direção. Ao contrário, burocratizamos tudo isso. E no ensino superior ou na pós-graduação, a desconfiança é ainda maior.

Mas atenção. Bolonha não é um liberou geral. Não basta cursar uma disciplina qualquer, onde quer que seja, para ela valer. Aliás, o Brasil sabe dos problemas disso. Na Argentina, uma instituição de ensino superior - que não é reconhecida nem mesmo lá - se especializou em dar títulos de doutor a brasileiros. Nossos cursos de doutorado a conhecem e, com o apoio da Capes e do Conselho Nacional de Educação, se negaram a acolher seus títulos, que por sinal eram emitidos com a anotação de não valerem sequer na Argentina... Então, a necessidade suplementar do processo de Bolonha é: cada país precisa ter uma agência poderosa de avaliação e reconhecimento dos cursos de ensino superior. Ela pode ser estatal ou privada, conforme a lei local, mas tem de ser rigorosa. É ela que vai garantir que um crédito da USP valha um da UFRJ, e vice-versa, e vai descartar os cursos de má qualidade.

O futuro depende de uma mobilidade estudantil intensa

É preciso detalhar as vantagens desse sistema numa cultura globalizada? Formaremos alunos que conhecerão seu mundo para além das fronteiras. Acabará a atual exigência, sempre que faço uma disciplina fora da faculdade, de pedir seu reconhecimento a uma comissão de três professores, cujo parecer subirá ainda a mais uma ou duas instâncias superiores. A condição para tanto é rigor. Mas uma agência avaliadora sai da apreciação no varejo, no balcão, de cada pedido individual, e vai examinar a qualidade dos cursos mesmos. Todos os que trabalham bem ganham com isso; perde quem trabalha mal. O efeito educacional é enorme.

Quem leu os últimos rankings das universidades do mundo notou que, entre as primeiras 500, são raras as que não dão cursos regulares em inglês - como as nossas USP, Unicamp, UFRJ. Esse assunto é delicado porque, não tendo cursos regulares em inglês, atraímos menos alunos estrangeiros e pontuamos mal no item "mobilidade" - mas, se os dermos, poderemos chegar à esquisitice de professores brasileiros lecionando em inglês para alunos brasileiros, só para termos mais alguns estudantes de fora da América Latina. Esse é um desafio difícil para nossa educação, que precisará ser tratado nos próximos anos. Mas a questão crucial é que precisamos ter uma mobilidade intensa dos estudantes, com os nossos indo para outras instituições e mesmo países, e com nossas universidades recebendo jovens estrangeiros. Isso terá de ser feito, sob pena de nos atrasarmos na cooperação internacional. (Poderia acrescentar a competição internacional, mas na verdade necessitamos de ambas). Como fazer isso? Ninguém sabe ainda resolver a questão da língua, mas podemos começar a discutir a questão central, que é a mobilidade.

Um bom começo seria no âmbito do Mercosul - até para dar-lhe mais ambição porque, seis décadas depois do Tratado de Roma, é pouco nossos quatro países se limitarem a trocar mercadorias, sem uma intensa mobilidade humana, que deve principiar pelos jovens. Agências de avaliação educacional, como a Capes brasileira e congêneres, poderiam assegurar a qualidade pelo menos das melhores instituições de ensino superior desses países, tornando portáteis os seus créditos. Não deveria ser ainda em todas as habilitações, mas poderia começar com cem ou duzentos cursos, em uma ou duas dezenas de universidades de alta qualidade. Está na hora de termos a Universidade sem Fronteiras. Podemos iniciá-la pelas melhores. Isso não é fácil: cada iniciativa dessas abre lugar a ações duvidosas. Mas o desafio existe, e tem de ser enfrentado. Para o bem de nossa cultura, nossa economia e nossa política, não devemos perder tempo.

SOS rock'n'roll‏ - Mariana Peixoto

SOS rock'n'roll 

Livro do jornalista britânico Dave Thompson relata o encontro de David Bowie, Iggy Pop e Lou Reed no início da década de 1970 e como esse evento mudou a história da música pop 
 
Mariana Peixoto
Estado de Minas: 13/01/2014


David Bowie, Iggy Pop e Lou Reed representam uma fase de androginia, sexo, purpurina e drogas (Mick Rock/Reprodução)
David Bowie, Iggy Pop e Lou Reed representam uma fase de androginia, sexo, purpurina e drogas

Eles não estavam exatamente em grande forma. Lou Reed, fora do Velvet Underground, questionava até mesmo se queria continuar fazendo música. Pensava sem pressa sobre o futuro na casa dos pais, em Long Island, trabalhando na empresa de contabilidade da família. Iggy Pop já tinha enfiado o pé na jaca vezes a perder de vista. E Os Stooges não tinham passado de uma promessa. A banda havia implodido há pouco e ele, sem muito o que fazer, afundava na heroína. E David Bowie, a despeito de planos de sucesso e uma veia prolífica para a composição, ainda não tinha conseguido sair do lugar.

Pois eis que na Nova York de 1971 os três se encontraram. Dangerous glitter – Como David Bowie, Lou Reed e Iggy Pop foram ao inferno e salvaram o rock’n’roll (Editora Veneta, 400 páginas, R$ 79,90), do jornalista britânico Dave Thompson, a partir do recorte explicitado no subtítulo da tradução brasileira, retrata esse período por meio de entrevistas e observações ácidas do autor. Thompson é um especialista em Bowie e assina uma centena de livros, muitos deles dedicados à música pop. Lançado originalmente em 2009, no Brasil virou um livrão de capa dura, repleto de fotografias e desenhos, mas não exatamente o formato ideal para a leitura de uma extensa reportagem.

Parcerias
Bowie produziu Transformer em 1972, primeiro álbum solo de Reed e aquele que determinou as bases de sua carreira. Também levou Iggy para a Inglaterra, se esforçou para que os Stooges voltassem a se reunir, resultando em seu terceiro álbum, Raw power, mixado pelo próprio Bowie. O reconhecimento de público que ele tanto almejava também chegou no mesmo período, com o fundamental The rise and fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. O glitter rock tinha agora seu protagonista, e o punk rock os atores ideais para que pudesse florescer.

Tudo isso está retratado na obra de Thompson. Mas o que faz a narrativa crescer é o entorno, com personagens secundários que foram essenciais para os protagonistas. É clara uma certa preferência do autor pela figura de Lou Reed, que ganha a primeira parte da história. O nascimento do Velvet Underground e o cenário de excessos da Nova York da segunda metade da década de 1960 têm duas figuras de destaque. A começar pela modelo alemã Nico, que gravou com o Velvet Underground o clássico álbum “da banana”, é uma espécie de Pattie Boyd da era glam. A exemplo da loura que se dividiu entre George Harrison e Eric Clapton, Nico namorou Reed (que nunca deu muita bola para ela) e Iggy, bem como Jim Morrison e Alain Delon.

Andy Warhol, catalisador de todas essas figuras, permeia boa parte da história. Com a Factory, que serviu como cenário para que o Velvet Underground florescesse, e toda cena alternativa nova-iorquina a seu dispor, o artista tem passagens impagáveis no livro. Uma das melhores é do primeiro encontro dele com Bowie. Nervoso, o britânico chegou sem saber o que dizer para o artista, que mais ouvia do que falava. Mostrou a ele a canção feita em sua homenagem, Andy Warhol (gravada em 1971). Andy odiou, causando constrangimento a Bowie, que, no entanto, lhe chamou a atenção pelos sapatos amarelos, muito elogiados. Foi o único diálogo que os dois tiveram naquela ocasião.

A narrativa continua explorando esse universo de androginia, sexo, purpurina, álcool, maquiagem, drogas. A maneira como o autor cruza as histórias faz um retrato irretocável da época, 40 anos depois. Com a cultura dos excessos, o rock nunca mais foi o mesmo.


TRECHO


“Reed e Bowie não ficariam amigos imediatamente. Na verdade, eles se observariam. Bowie em silêncio perante o nova-iorquino sarcástico, tenso e meticuloso que ele idolatrava havia quase cinco anos. Reed, afiado e ardiloso, medindo o garoto novo. A conversa foi escassa, com trocas afiadas, Reed metralhando perguntas ou comentários, Bowie rebatendo as respostas com algumas palavras delicadas quando conseguia. Foi uma forma de paquera desajeitada: Reed, o pretendente bruto e rude, Bowie, a donzela acanhada. E, quando se despediram no fim da noite, Bowie quase sorriu timidamente ao apertar a mão de Reed... Houve apenas um momento delicado na noite. Em dado momento, o nome de Iggy Pop surgiu na conversa. ‘Não fale com ele’, Reed alertou. ‘Ele é um junkie’, mas Bowie não estava ouvindo.”

O figurino que David Bowie usou na turnê de Starman, em 1972, é um dos destaques da retrospectiva que vem ao país   (Leon Neal/AFP)
O figurino que David Bowie usou na turnê de Starman, em 1972, é um dos destaques da retrospectiva que vem ao país


Exposição do camaleão
está chegando ao Brasil


Longe dos palcos desde 2006, quando participou de um evento beneficente em Nova York, rara aparição após uma angioplastia sofrida dois anos antes, mesmo assim David Bowie mantém proximidade com seu público. Com 67 anos recém-completados, ele lançou um dos álbuns mais incensados de 2013, The next day; teve recentemente parte de sua discografia relançada, incluindo Ziggy Stardust (1972) e Aladdin Sane (1973); e ganhou uma exposição comemorativa dos 50 anos de carreira, a incensada David Bowie is.

Apresentada entre março e agosto do ano passado no Victoria & Albert Museum ( V&A), em Londres, a mostra depois foi para Toronto (Canadá) e chega a São Paulo no fim deste mês. Após a bem-sucedida experiência com Stanley Kubrick, exposição terminada ontem que fez o Museu da Imagem e do Som receber, pela primeira vez, extensas filas de visitantes, a mesma instituição abre dia 31 a mostra organizada pelo V&A, que criou a retrospectiva com os arquivos do próprio músico. O barulho na Inglaterra foi significativo: 40 mil ingressos foram vendidos antecipadamente, um recorde dos museus britânicos.

Por aqui os ingressos também estão à venda. A exposição, que no Brasil vai se chamar apenas David Bowie, terá cerca de 300 itens, incluindo manuscritos de letras e figurinos originais. Estarão na mostra, que ficará em cartaz em São Paulo até 20 de abril, o macacão em vinil e a bota plataforma que Bowie usou na turnê de Aladdin Sane; o terno com que aparece no curta Life on Mars? e a calça e jaqueta feitas para Ziggy Stardust. No material iconográfico está a foto feita para a banda The Kon-rads, quando Bowie tinha 16 anos, além de uma imagem dele com o escritor William Burroughs.

 A Cosac Naify já colocou em pré-venda em seu site o livro da exposição, editado pelo MIS a partir da edição original inglesa. Além das imagens que serão vistas na exposição, a obra apresenta a trajetória de Bowie e ensaios sobre música, cinema e comportamento.

DAVID BOWIE
Abertura dia 31, no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Os ingressos custam R$ 25 já podem ser adquiridos pelo site ingressorapido.com.br. O livro David Bowie (R$ 119,90) está em pré-venda no site editora.cosacnaify.com.br.

TeVê

TV paga

Estado de Minas: 13/01/2014



 (BB Film Productions/Divulgação)

Brasileiros em Hollywood


O ator brasileiro Márcio Garcia vem se dando bem nos Estados Unidos como diretor. Hoje, às 22h, o Telecine Premium estreia mais uma produção dirigida por ele, o drama Angie, com Camilla Belle (foto), atriz norte-americana que é filha de uma brasileira. O elenco conta também com Andy Garcia, Colin Egglesfield e Juliette Lewis e ainda Christiane Torloni e Carol Castro.

FX promove sessão  de filmes de terror

A luta para sobreviver é tema do especial A vida por um fio que o canal FX promove de hoje a sexta-feira, às 22h30, abrindo com o terror Extermínio 2. Na faixa das 22h, mais cinco boas opções: Argo, na HBO HD; Desaparecidos, no Cinemax; Direito de amar, na MGM; A invenção de Hugo Cabret, no Teelcine Fun; e The Avengers – Os vingadores, no Telecine Pipoca. Outras atrações da programação: Amigas com dinheiro, às 21h, no Comedy Central; Raizes e asas, às 21h30, na TV5Monde; A pele que habito, às 22h25, no Max; e Recém-formada, às 22h30, no Megapix.

Nickelodeon realiza batalha de bandas


How to rock é o novo seriado do Nickelodeon que estreia hoje, simultaneamente no Brasil, Colômbia, México, Venezuela e Argentina. O programa é uma espécie de batalha de bandas, com canções originais de Cymphonique Miller. Por aqui, a atração vai ao ar de segunda a quinta-feira, às 21h.

Canais apostam em maratonas de séries


De hoje a sexta-feira, o Universal Channel promove maratonas de três de suas séries mais populares: as segundas temporadas de Chicago fire (22h) e de Beauty and the Beast (à meia-noite) e a terceira de Grimm (23h). No canal History, mais duas maratonas: Gigantes da indústria, de hoje a quinta-feira, às 20h; e Humanidade: a história de todos nós, de hoje a sábado, às 22h.

Os reis dos patos de  volta hoje no A&E


Estreia hoje, às 14h, na TV5Monde, Amor, ódio e propaganda, série documental em seis episódios sobre o papel da propaganda durante a 2ª Guerra Mundial. No Discovery Home & Health, às 20h40, estreia a série Obcecados por limpeza. E o A&E passa a exibir episódios inéditos de Os reis dos patos na faixa das 22h30.

Documentário revê a Guerra do Contestado


O documentário mais interessante do dia está na tela do Canal Brasil, na sessão É tudo verdade, às 22h. Trata-se de O Contestado – Restos mortais, dirigido por Sylvio Back, o mesmo realizador de filmes como Aleluia, Gretchen (1976), Revolução de 30 (1980) e Lost Zweig (2004). A produção contextualiza a luta sangrenta entre os caboclos e as forças do governo no período de 1912 a 1916, em Santa Catarina, a chamada Guerra do Contestado.



CARAS & BOCAS » Fiuk subiu no telhado

Patrick Maia passa a contar com Kéfera Buchmann na apresentação do Coletivation   (MTV/Divulgação )
Patrick Maia passa a contar com Kéfera Buchmann na apresentação do Coletivation

A MTV migrou para a TV por assinatura, o que certamente restringiu seu público, com efeitos evidentes na audiência. No entanto, a emissora não parou de promover mudanças, com uma programação (quase) toda novinha em folha. A mais nova investida foi a contratação de Kéfera Buchmann, que estreia hoje no comando do Coletivation (de segunda a sexta-feira, às 20h.), ao lado do comediante Patrick Maia. Mais conhecida como vlogger, com mais de 2,5 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, o 5inco Minutos, a atriz curitibana substitui Fiuk, o cantor, filho de Fábio Jr., que nem esquentou lugar na atração. No ano passado, Kéfera apresentou o programa Zica na Mix TV.

Internautas já podem votar em prêmio do SBT


Até dia 31, os internautas têm a opção de escolher os candidatos ao Troféu Internet, que será entregue durante o Troféu Imprensa, do SBT. Nesta etapa, são 10 indicados em cada uma das 20 categorias disponíveis para votação por meio do site do SBT (www.sbt.com.br). A entrega das estatuetas está agendada para o mês de abril.

Fãs ainda lamentam fim  da novelinha Carrossel

Por falar em SBT, com a a reprise do especial do circo do Carrossel, a estreia de Patrulha salvadora no sábado e a participação de seu elenco no Programa Sílvio Santos ontem, ficou evidente que o público não se esqueceu da turminha da Escola Mundial. Carrossel vai demorar para sair da lembrança das crianças. De acordo com muitas delas, Chiquititas, que está no ar atualmente, não vai apagar a paixão que sentem pela antiga trama de Iris Abravanel.

Adnet deve voltar em  abril à telinha da Globo


A volta de Marcelo Adnet à programação da Globo já foi definida: ele vai comandar o humorístico Tá no ar, ao lado de Marcius Melhem. A estreia ficou marcada para 10 de abril, uma quinta-feira, no mesmo horário em que Amor & sexo era apresentado.

TNT transmitirá a festa  dos indicados ao Oscar

Na próxima quinta-feira, a partir das 11h, o canal por assinatura TNT vai transmitir ao vivo e com exclusividade no Brasil a cerimônia de indicação das produções e artistas que vão concorrer ao Oscar este ano. O anúncio será feito no Samuel Goldwyn Theater, em Beverly Hills, Los Angeles. O Oscar será entregue em 2 de março, também com transmissão exclusiva pelo TNT.

Hermilla Guedes revela  seus segredos de beleza


A produção do Superbonita verão está no Recife, onde Luana Piovani conversa com a atriz pernambucana Hermilla Guedes e visita um grupo de maracatu, o Quebra Baque, hoje, às 21h30, no canal GNT (TV paga). Mais tarde, às 22h30, no segundo episódio de Além da conta, Ingrid Guimarães e a convidada Giovanna Antonelli mostram o universo do consumo infantil.

Que calorão!

O Jornal Minas 1ª edição preparou para hoje uma reportagem especial sobre a onda de calor que tomou conta do Brasil. Um bloco temático será inteiramente dedicado ao assunto. É bom prestar atenção nas dicas sobre cuidados a serem observados para evitar problemas de saúde e para economizar energia, já que vários aparelhos, como ar-condicionado, geladeira e refrigerador e ventiladores, são muito exigidos nesta época. E ainda entrevista um médico que dá conselhos para todo mundo pegar um sol sem correr riscos. No ar às 11h30, na Rede Minas.

VIVA
Ainda repercute a saída do SescTV dos pacotes da Sky e da Net (nesta, só em 28 de fevereiro). Mas o canal continua em outras operadoras e pela internet, no portal sescsp.org.br ou sesctv.org.br/aovivo.

VAIA
Nos próximos capítulos de Amor à vida, da Globo, César (Antônio Fagundes) vai xingar Pilar (Susana Vieira) de vadia por ela estar namorando o motorista. Então, ele pode pular a cerca, mas ela não?

Eduardo Almeida Reis - Falta de apetite‏

Eduardo Almeida Reis - Falta de apetite
Estado de Minas: 13/01/2014 


Há dias em que o sujeito acorda numa inapetência escrevedora que vou te contar. Escrevi para o Correio Braziliense que, às 8h30 da manhã de uma sexta-feira, tendo ligado o computador antes das seis, ainda não havia escrito uma linha. Pensei escrever sobre o doloroso final de ano futebolístico, triplamente vergonhoso em Joinville, STJD e Marrakesh, mas os temas pareciam esgotados. Concluí que o professor Alexi Stival, que vocês conhecem como Cuca, contratado pelo Shandong Luneng para ganhar salário expressivo, nada sabe do futebol chinês.
Assim, fez que o Atlético fosse massacrado pelo Raja Casablanca para poder estudar o futebol mandarim na partida contra o Guangzhou Evergrande. Nenhum dos comentaristas esportivos viu essa verdade na derrota atleticana. Quanto às fraudes no Enem, só fazem confirmar o título de um texto de Clóvis Rossi: “O Brasil é uma fraude”. O Google tem 195 mil entradas para essa verdade entre aspas. De espantar seria que o Enem não fosse fraudado.

Na emergência inapetente, resolvi comentar o texto de Paloma Oliveto, da equipe do Correio Braziliense, publicado na edição de 20 de dezembro do Estado de Minas. Paloma analisa as conclusões de pesquisadores internacionais, que, liderados pelo Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, Alemanha, elaboraram catálogo comparativo dos genes de homens modernos, dos denisovanos e dos neandertais.

Por enquanto, acham que o atual Homo sapiens carrega 0,2% dos denisovanos e entre 1,5% e 2,1% dos neandertais, mas haveria um quarto tipo de hominídeo envolvido na história. Quanto aos neandertais, nunca tive a menor dúvida e sempre defendi a tese de que um beque da Seleção Brasileira em copas recentes e aquele legista tipo cheguei, que sempre se mete nos crimes famosos para aparecer na mídia, são neandertais quase puros.

Parece que as espécies de hominídeos viviam transando adoidadas, sapiens apaixonadíssimos pelos neandertais e vice-versa. Coexistiram na Europa e na Ásia durante pelo menos 30 mil anos, com incursões sexuais denisovanas.

O negócio é complicado pela normal infertilidade dos produtos do cruzamento entre duas espécies. Cita-se o exemplo da mula, resultado do cruzamento da égua, que tem 64 cromossomos, com o jumento, que tem 62. Com 63 cromossomos, as mulas são quase sempre estéreis, mas a medicina veterinária, num site da internet, fala em 60 ocorrências de mulas férteis ao longo dos séculos, o que não impede a existência de outros casos não registrados pela ciência. 

A julgar pelo que tenho visto na tevê nas muitíssimas baladas deste país grande e bobo, acredito que a promiscuidade sapiens/neandertal/denisovana tenha sido uma constante durante dezenas de milhares de anos.

Afinal, no século 21, temos conhecimentos e tecnologia inimagináveis no século 19, e a promiscuidade parece aumentar na mesma velocidade. Portanto, qualquer coisa que neandertais, sapiens e denisovanos fizessem naquelas cavernas, grunhindo entre piolhos juras de amor eterno, foi muito menos grave do que as baladas de 2014. Em favor das três espécies e a de um hominídeo arcaico ainda desconhecido, que entra com até 5,8% no genoma denisovano, seja dito que não conheciam as duplas sertanejas e o pastor das toalhinhas milagrosas. 

Bobices
Num país do tamanho do Brasil, 36 caças F-18, Rafale, Gripen, ou nada, são a mesma coisa. E custam uma fortuna! Há quem sustente que o ditado “quem não tem cão caça com gato” é uma distorção do original “quem não tem cão caça como gato”, isto é, sozinho. Talqualmente este país grande e bobo deveria conduzir o negócio dos caças. Em vez dos 36 comprados a peso de ouro, 360 ou 720 Tucanos feitos em casa, que dão para o gasto.

Transferência de tecnologia? Esquece. Quando um país chega a transferir tecnologia é porque já tem outra, muito mais tecnológica, guardada na gaveta. Entre os absurdos anunciados para a Copa há que destacar os caças sobrevoando os estádios em que se realizam os jogos. E baterias antiaéreas importadas da Alemanha ou da Rússia, quando seriam muito mais úteis cassetetes e esguichos de gás de pimenta.

O mundo é uma bola 

13 de janeiro de 532: começa em Constantinopla a Revolta de Nika, em que 30 mil revoltosos foram degolados por ordem do imperador Justiniano I. E dizer que tudo começou no Hipódromo de Constantinopla e durou cerca de uma semana, quando houve uma dúvida sobre o vencedor de um páreo. Nika era o cavalo preferido da multidão, mas aparentemente empatou com um cavalo do grupo do imperador. Consultado, Justiniano declarou que o vencedor foi o seu cavalo.
O fato serviu de pretexto para a explosão dos “turfistas”, que já se queixavam da fome, da falta de moradias e dos altos impostos. Então, o imperador encarregou o general Belisário de solucionar o problema. Flavius Belisarius (505-565), um dos mais bravos comandantes militares da história, resolveu a questão degolando cerca de 30 mil pessoas. A partir de então, Justiniano pôde reinar como autocrata.

Em 1967, Gnassingbé Eyadéma dá um golpe militar no Togo e permanece no poder até fevereiro de 2005, quando morreu.

O Big Data a favor do cliente - Nino Carvalho

O Big Data a favor do cliente 
 
Nino Carvalho - Coordenador dos cursos de MBA e pós-MBA em
Comunicação e Marketing Digital da FGV/IBS

Estado de Minas: 13/01/2014

Eis que surge no mercado uma tecnologia cuja aplicabilidade reflete bem o momento em que vivemos, rodeados de informações por todos os lados. Falamos do Big Data, que é um conjunto de soluções tecnológicas e conceituais para lidar com uma grande quantidade de dados digitais. Pesquisa recente da IBM, em parceria com a Universidade de Oxford, revelou que a maioria das empresas brasileiras já está usando ações de Big Data, sendo que 51% delas estão definindo a estratégia e planejando as atividades que serão colocadas em prática e 24% estão na fase de implementação do projeto. Os 25% restantes ainda não deram início às ações.

O desafio para pequenas e médias empresas é utilizar as possibilidades oferecidas pelas ferramentas de maneira a extrapolar o conceitual e criar soluções de negócio que agreguem valor à tomada de decisões. Os empresários ainda têm muitas dúvidas sobre como tornar tangível a aplicação do Big Data.

Conceitualmente, não é nada muito novo. Na verdade, trata-se de uma abordagem mais eficiente – devido às novas tecnologias – da tradicional segmentação de mercado. Entretanto, hoje, de fato, as ferramentas tecnológicas estão muito mais acessíveis. É possível, por exemplo, garimpar dados sobre seus clientes na internet com aplicativos muito acessíveis e, não raro, gratuitos.

A quantidade de informações disponíveis nos bancos de dados das empresas, os dados oriundos da internet e aqueles que são inseridos, diariamente, pelos próprios empresários, crescem exponencialmente. O acúmulo dessas informações dificulta a assimilação, tornando necessária a utilização de uma tecnologia para facilitar a leitura e interpretação dessa enormidade de dados. O Big Data lida com dados digitais exacerbados em volume, variedade e velocidade, permitindo analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real, além de retirar informações úteis sobre seus clientes, prospectos e concorrentes, de forma extremamente simples e rápida.

As empresas não podem se esquecer da necessidade de, em primeiro lugar, investirem em inteligência competitiva. Mesmo com a utilização do Big Data, a principal mudança a ser realizada é a cultura organizacional. O monitoramento do mercado em que atuam, dos clientes, concorrentes e outros stakeholders deve ser trabalhado de maneira estratégica e bem planejada. O foco deve estar, sempre, no cliente. Uma comunicação segmentada e a coleta de dados durante constantes interações com os consumidores são de suma importância para que a análise, obtida com a utilização do Big Data, seja usada a favor da empresa e transformada em estratégias e táticas eficazes de campanhas e ações de comunicação, além de ser fundamentais para a melhoria do serviço/produto a ser oferecido.

As variáveis para obter uma experiência de sucesso com o Big Data são muitas. Contudo, alguns fundamentos são imprescindíveis. O foco inicial deve ser o cliente e, posteriormente, deve ser desenvolvido um plano para toda a empresa, englobando estratégias de negócio, com o intuito de auxiliar na tomada de decisões, identificando desafios e definindo processos a serem adotados em cada área da empresa. Além de ferramentas modernas, deve-se investir também em profissionais qualificados.

O mercado está em fase acelerada de amadurecimento. Apesar de a maioria das empresas ainda estar estudando e digerindo o conceito Big Data, os benefícios de investir em análise de dados, mapear e planejar são concretos. A utilização apropriada do Big Data proporciona tomada de decisões mais inteligentes, ágeis e eficientes.

Vagas para deficientes‏ - Fernanda Fattini

Vagas para deficientes 
 
Fernanda Fattini - Advogada associada do escritório Grebler, especialista em direito do trabalho e processo do trabalho pela Faculdade de Direito Milton Campos, mestre em direito do trabalho pela PUC Minas

Estado de Minas: 13/01/2014


Em matéria de emprego e ocupação, a discriminação é definida como toda distinção, exclusão ou preferência fundada em qualquer motivo desvinculado dos requisitos necessários para o exercício da função que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades no trabalho.

A legislação brasileira proíbe discriminação de trabalhadores, caso sejam capazes de desenvolver a mesma função com igual qualidade, em relação a salário, tratamento ou critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor, raça, estado civil, bem como da pessoa com deficiência – assim definida como aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Com o objetivo de oferecer proteção jurídica a uma parcela da população, que ao longo da história esteve em desvantagem, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento para a pessoa com deficiência, o Estado determinou algumas medidas compulsórias para garantir oportunidades de trabalho. É o caso da determinação legal para que as empresas com 100 ou mais empregados preencham de 2% a 5% dos cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou portadores de deficiência habilitados de acordo com o número de empregados na seguinte proporção: 1) de 101 até 200 empregados, 2% das vagas; 2) de 201 a 500 empregados, 3% das vagas; 3) de 501 a 1000 empregados, 4% das vagas, e acima de 1001 empregados, 5% das vagas.

A dispensa imotivada desses empregados também fica condicionada à contratação de substituto de condição semelhante, condição essa que não se refere à mesma necessidade especial, mas ao fato de também ser enquadrado como beneficiário reabilitado ou deficiente habilitado.

Os percentuais aplicam-se independentemente da atividade desenvolvida pela empresa e não há proporção em relação às funções exercidas, cargos e setores existentes, mas ao número total de ocupações.

Mesmo após 22 anos de vigência da lei, as empresas ainda enfrentam muitas dificuldades para conseguir cumpri-la, e muitas delas, ao ser fiscalizadas, ainda vêm sofrendo autuações e sendo multadas. Os argumentos mais frequentes para o descumprimento da cota são a falta de profissionais habilitados no mercado de trabalho, preparados para as funções desempenhadas, e a ausência de funções compatíveis com a necessidade especial, tendo em vista o risco da atividade desenvolvida.

A autuação pelo não cumprimento da lei de cotas gera a imposição de multa, calculada por cada empregado deficiente que a empresa deixou de contratar, de acordo com sua cota.

A impugnação das penalidades por meio do ajuizamento de ação judicial nem sempre têm obtido êxito e o cancelamento das multas só tem sido possível nos casos em que as empresas se resguardaram e conseguiram provar, de forma inequívoca, que adotaram todos os procedimentos para a contratação, mas que não apareceram candidatos habilitados. A alegação de incompatibilidade da deficiência com as funções e da atividade de risco da empresa não tem sido um argumento aceito pela maioria das decisões judiciais por falta de determinação legal e pela possibilidade do desmembramento das tarefas.

A infração, quando levada ao conhecimento do Ministério Público, poderá gerar a lavratura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para que a empresa cumpra a cota em tempo razoável, sob pena de multa, ou até mesmo o ajuizamento de ação civil pública com pedido de multa e indenização por dano moral coletivo.

Por outro lado, os deficientes ainda continuam sendo excluídos do mercado de trabalho pela falta de acesso a transporte, educação, lazer e saúde. Informações do Censo Escolar de 2012 apontam para o crescimento do sistema público de educação especial, enquanto dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam queda na empregabilidade das pessoas com deficiência (em 2007, correspondiam a 1% da população de empregados formais, caindo para 0,7% em 2010). Especialistas apontam que a falta de qualificação do profissional é a principal barreira.

Algumas empresas têm buscado fornecer cursos de capacitação dos profissionais com deficiência. Contudo, somente a existência do curso não supre a necessidade do preenchimento das cotas, que fica condicionado à existência de trabalhadores com carteira de trabalho assinada, mesmo que estejam em período de treinamento.

A questão é histórica e cultural e passa pela ausência de políticas públicas eficientes e eficazes para a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade e no mercado de trabalho. Não basta exigir das empresas o cumprimento de cotas sem proporcionar os meios de preparação e formação do profissional, além de infraestrutura urbana que permita o livre deslocamento dessas pessoas. O problema não é apenas de empregabilidade, mas de compromisso e responsabilidade social.